quinta-feira, 16 de abril de 2015

find my phone

Perdeu celular ou tablet? Encontre facilmente através da busca do Google!
Acesse a busca do Google logado com seu usuário e senha Gmail (a mesma do seu dispositivo android) e digite "find my phone";
entre em "Opções" e em seguida "idiomas";
Faça alteração para "English" e salvar
pronto, um mapa vai ser aberto na página de busca do Google idêntico ao da imagem abaixo;
Em instantes aparecerá a localização exata do dispositivo, mas só funciona se estiver conectado à internet, seja rede móvel ou wi-fi, tanto faz, testei ambos e funcionaram.
Ah! e clicando no "Ring" abaixo do mapa, é enviado um sinal ao celular que fará com que ele toque a campainha por 5 minutos seguidos, mesmo se estiver configurado para silencioso ou vibração. (Função ideal para procurar quando perdido dentro de casa)
Mais fácil que o antigo "device manager" que já me ajudou a encontrar um celular que perdi.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Como explicar o inexplicável 7x1?

Brasil 1 x 7 Alemanha

Nelson Rodrigues conceituou:"complexo de vira-lata é a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo".

Ano de 1950 foi a melhor classificação do Brasil até aquele momento. Eu não estava nem sonhando em nascer, não vivi a tristeza do “Maracanazo”. Muitos anos depois, em 1996 conheci Barbosa (Goleiro de 1950) pessoalmente, era um jantar do Rotary Club, e nessa época, o goleiro aposentado morava na Cidade Ocian em Praia Grande – SP. Tenho um autógrafo dele, conquistei após alguns momentos de conversa informal.Eu estava realmente admirado de estar com o goleiro da seleção de 1950 frente à frente.Guardo com muito carinho não só o pedaço de papel, mas a cena, o olhar triste, a mão trêmula pegando a caneta e um sorriso sincero e breve cortando toda a tristeza que presenciei: “Ao amigo Dalton, um grande abraço. Barbosa”. Alguns anos depois assisti uma reportagem que Barbosa desabafava que qualquer crime no Brasil, a punição máxima prevista em lei é de 30 anos, que a dele, seria para toda a vida. E foi.

Uruguai e Itália já tinham dois títulos cada. Mesmo assim mostramos que somos bons, os melhores. “A taça do mundo é nossa, com brasileiro, não há quem possa!” Nesse embalo trouxemos o campeonato de 1958, em seguida 1962 e por fim 1970. Jules Rimet é nossa, definitivamente, eu nem precisaria comentar que restou uma réplica, a réplica que estava em cofre enquanto que a original roubada ficava exposta numa vitrine(?) de vidros à prova de balas unidos por madeira, a parte frágil e que foi logicamente arrombada, as investigações concluíram que argentino a derreteu, comerciante de ouro e proprietário da “Au Rimet”.

Não vivenciei, também, nossa seleção de 1982, eu era muito pequeno, mas é sabido que ela tinha tudo para vencer aquela copa, só não contava com a Itália no caminho.

1986, comecei a ter alguma memória daquela copa, algo bem lá num cantinho das memórias de infância, muito mais do clima de copa, das camisas, do verde e amarelo colorindo casas, carros, mas dos jogos em si, quase nada lembro.

1990 efetivamente foi a primeira copa que torci, sofri com nossa eliminação pela Argentina. Aí veio 1994, sofrida, mas conquistada!A seleção que: “venceu mas não convenceu” aquele esquema tático do Parreira, uma verdadeira chatice para nós brasileiros amantes do futebol arte, do verdadeiro show de bola em campo.

Vamos direto à consagração de Felipão. Copa de 2002 não teve pra ninguém, 100% de aproveitamento, 7 jogos, 7 vitórias, artilheiro. Vencemos todas as partidas, inclusive na final contra a Alemanha e aquele goleiraço. Felipão não era nada simpático, era polêmico, não convocou Romário, que estava arrebentando ainda. Claro, ele deu o troco, pois na Copa das Confederações que havia antecedido, Romário não queria jogar. Romário, obrigado por 1994, mas 2002: Bem feito Romário!

Circulou na Internet um e-mail, um “hoax” sobre a venda da copa de 1998. Gunther Schweitzer, que assina o e-mail existe, e realmente denunciou um suposto complô do Brasil para vender a Copa do Mundo de 1998. Bom, é mais ou menos isso, o na época funcionário da Volkswagen, recebeu o e-mail como todos nós costumamos receber, acreditou e repassou. Só que houve um descuido e saiu com sua assinatura automática. Ele era um dos primeiros na rede a repassá-lo com uma assinatura, e não de forma anônima. O mesmo e-mail circulou quando o Corinthians ganhou o mundial de 2012, no início da copa 2014 com a eliminação da Espanha e claro, e já está circulando com a nossa eliminação por 7 x 1. Alteram-se apenas os personagens principais. Menos Gunther, que hoje trabalha como personal trainer e dá aulas de vôlei em Mogi das Cruzes - SP. Ele nem imagina como apareceu junto à assinatura, que ele é do Jornalismo da Globo e se diverte com isso.

Voltamos na França, 1998. Nos demos o luxo de perder na fase de grupos, mesmo assim classificamos em primeiro. Oitavas com goleada no Chile, passando pela Dinamarca nas quartas e veio a semifinal. Como diz Galvão Bueno: “Haja coração” foi nos pênaltis! Lembro bem do oba-oba que participei como quase todos os brasileiros: é campeão! É campeão! É campeão! Claro que fomos massacrados pela França, uma seleção perdida, derrotada antes mesmo do árbitro tirar o cara ou coroa. Algo inexplicável. Eu achava aqueles 3 x 0 humilhantes. Sabia de nada, inocente!

Brasil 1 X 7 Alemanha (O primeiro nome do placar é do dono da casa, né?). Explicação para a goleada? Não tem! Mas vamos lá. Deixei 1998 e o 7x1 juntos de forma proposital. O que têm em comum? A nossa mania de querer ter heróis que na verdade não existem. Não os temos e não devemos tentar inventá-los. Ronaldo e Neymar são profissionais, jogadores de futebol. Geniais? Sem dúvida que são sim. Só que todos nós, e principalmente por influência da mídia, dos patrocinadores, dos cartolas, da galera que lucra com o futebol, colocamos uma enorme carga nas costas deles, muito maior do que podem carregar. Nenhum dos dois carregava realmente a seleção nas costas, não deveriam, mas pensávamos dessa forma. E fazemos com que os demais jogadores assim pensem. Os grandes o fazem de caso pensado, para valorizar o seu “produto”, o seu jogador. Somos bobos e entramos no esquema. Ao menor sinal de dificuldade, fazemos como em Gothan City, acendemos o bat-holofote e chamamos nosso super-herói para nos salvar. Tanto em 1998 como em 2014, ficamos sem nosso “Batman”, o fato de Ronaldo ter entrado em 1998 e Neymar não ter jogado em 2014 reforça essa ideia de que, tentamos criar nossos heróis, esquecemos que temos uma seleção com 23 jogadores (Alemanha sempre lembra bem de seus 23). A falta do Batman abala sim o psicológico dos outros 22 jogadores e a culpa é que somos alienados e fazemos exatamente o que a mídia quer. Vamos passar a valorizar também nossos outros jogadores. Ronaldo não ganharia 1998 sozinho, nem Neymar 2014.Felipão, que antes levava minha admiração parece estar “institucionalizado” a CBF mudou ele, nem se compara com Felipão 2002. Tínhamos que fazer como quando quebraram Pelé (1962), apareceu Amarildo e junto com Garrincha fizeram a vez, arrebentaram de jogar bola. Isso sim, Brasil ganhou sem Pelé. Uma seleção venceu.Quem é Amarildo? Quase ninguém conhecia. Alemanha não tem Messi, nem Neymar, nem Robben, nem CR7, mas tem um esquema bem montado, com bons jogadores sim, e ao que parece nenhum ao nível dos anteriormente citados. Vamos, nas próximas copas passar a ter uma seleção mesmo, sólida, falando a mesma língua, mostrando capacidade, porque essa fomos nós todos que perdemos nesse 7X1, nós que colocamos Neymar acima de tudo e de todos quando não deveria.

Projeto 2018: que não fiquemos querendo inventar heróis, que tenhamos uma verdadeira seleção.

Referências:

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O Brasil é o país do futuro

Segunda-feira sim. Isto parece o "Muro das Lamentações" tá chato pra caramba ver as postagens de hoje, ah mais amanhã tudo isso muda, já vai ficar naquele clima de sexta-feira, afinal o Brasil joga. Sim não é a seleção de futebol somente, é o Brasil, 200 milhões na torcida, tirando alguns aí que se dizem contra, que nem os comunistas conseguiram tal feito em 1970, se dizem ativistas e ficam pentelhando com pseudo lições de moral em nossas postagens. Brasileiro é patriota mesmo. Somente para futebol? Lógico que não, mas nele há a paixão da nossa nação, todo mundo discute de igual pra igual nas rodas de amigos. Ficar acompanhando uma olimpíada matemática se não sabe nem resolver "5 + 5 x 5 + 5 = ?" Ah! Temos estádio e não temos saúde. Dá uma verificada na verba repassada para os municípios, olhe a do seu município e compare com os valores que a OMS coloca como parâmetro para países como nível satisfatório. Estamos dentro. Só que o dinheiro chega no município e é feito o quê? Em muitos municípios fatiado que nem o bolo em formato de Cuba que aparece num dos filmes da trilogia O Poderoso Chefão. Sim, precisamos educação, saúde, segurança pública, transporte público, estradas, ferrovias, etc. Também precisamos de alegria, se vem de Roma Antiga a política do pão e circo, ela tem dado certo. Aliás ali próximo estava Atenas, o berço da democracia e parece que outras formas de governo não conseguiram superar a democracia, eu mesmo, fiz opção pessoal e democrática, com liberdade para não ser mais um, como eu era no Banco do Brasil. Mais um Caixa Executivo. Se eu quisesse trilhar o caminho para chegar no alto escalão teria que enfiar goela abaixo de muitos clientes, os "produtos" (capitalização, previdência, seguros, cartões, etc.), só que eu não deitava e dormia tranquilo fazendo isso. Agora percorro o meu caminho, fazendo o meu trabalho com relativa autonomia, na área imobiliária, onde acima de tudo, participo da conquista das pessoas, de comprarem seu primeiro imóvel. Ou seu segundo imóvel, a casa de praia, enfim, estou atrás dos meus sonhos e todo brasileiro precisa sonhar. Assim como o Sr. Neymar, incentivou o filho e fez dele um cara que é um ídolo, e tem mais, minha irmã Juliana estudou com Neymar pai na faculdade de Educação Física, que era para poder acompanhar ainda mais a carreira do filho. E se o Sr Neymar fosse mais um daqueles que coloca outras prioridades, para que o filho ajude em casa, que busque dinheiro, que não estude. Mas não foi. Programas sociais têm dado essa opção, das nossas crianças irem à escola, o que antes era só por conta da merenda, e quem sabe muitos Neymar(es) estão neste exato momento no B+A = BA de suas cartilhas e seus pais sim recebendo Bolsa Família, Renda Cidadã, Ação Jovem, entre outros. O Brasil é o país do futuro e esse futuro já está começando a chegar. E que venha a Alemanha!

Dalton Brasil, brasileiro, divorciado, estagiário do CRECI

domingo, 13 de abril de 2014

Entenda que entender não é tender.

"Tendeu? Tendi."

Segue abaixo significado do Michaelis sobre o verbo TENDER. Cada dia que passa mais pessoas estão usando tal verbo no sentido de ENTENDER. Não só adolescentes, como pessoas com nível de escolaridade conhecido como SUPERIOR. "Acho bonitinho escrever assim" ou "Fica mais meigo na conversa" Na boa, eu tendo (Tender: vide significado 7) a crer o contrário. Fica horrível, não cai nada bem. De repente você está (A FIM: contexto informal significando estar com vontade, desejo, com interesse em alguma coisa ou em alguém.) a fim de uma garota que goste do "modo meigo" que você escreve. Aí "O CARA" começa a substituir o termo "entendi" por "tendi" a todo momento e como aquele velho ditado "a prática leva à perfeição" já anuncia há muito tempo. Perfeito! "Agora você escreve perfeitamente "tendi" no lugar de "entendi" de forma automática. Prestes a fechar um negócio importante, a outra parte após redigir todo um "e-mail" super formal explicando a dúvida que você teve na negociação em andamento, recebe como resposta ao e-mail um lindo e sonoro "TENDI" enviado por você. Você encaminha o e-mail ao seu superior, ou como tem sido em muitas empresas, o chefe tem acesso a sua caixa de correio eletrônico. Ele já anda muito implicado com você por vários outros erros. Chama você para aquela conversa e termina igual ao Roberto Justus: "Você está demitido!" E ainda completa "ENTENDEU?"

tender
ten.der
(lat tendere) vtd 1 Estender: A lavadeira tendia a roupa no varal. O cozinheiro tendeu a massa, para fazer pastéis. vtd 2 Desfraldar, enfunar: O vento tendeu as velas da escuna. vtd 3 Bater ou enformar (a massa do pão) antes de cozer. vpr 4 Estender-se, fazer-se largo: Tendem-se os pinheirais por muitos quilômetros. vti 5 Dirigir-se, encaminhar-se: Tendia a enfermidade para a (ou à) cura. vti 6 Aproximar-se de: Tendera para o zero a temperatura. vti 7 Apresentar, ter tendência, inclinação, pendor ou propensão para: "...o povo tende a dar desinência da 2ª pessoa do singular a formas originariamente invariáveis" (Theodoro Henrique Maurer Jr.). vti 8 Ter em mira, ter em vista, ter por finalidade: Esta instituição tende a (ou para) realizar a cultura integral do homem. vti 9 Esforçar-se para conseguir; aspirar a: Tendem os iogues para o absoluto domínio da matéria. vti 10 Voltar-se, virar-se: O vento tendeu ao sul.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014


Alagamentos no município de São Paulo 


              O crescimento desordenado em uma época em que não havia preocupação nenhuma com o desenvolvimento de estudos sobre o impacto ambiental, transformando lugares em que antigamente passavam rios, riachos ou córregos e a várzea no entorno dos mesmos, (várzea = uma região propensa a ser alagada em momentos de maior fluxo de água) canalizados e sendo transformados em avenidas (Anhangabaú, 23 de Maio, Rubem Berta, Aricanduva, Av do Estado, Ricardo Jaffet, etc.) Tais canalizações não conseguem dar vazão à água das tempestades e chuvas de verão, agravados pela impermeabilidade de praticamente todo o município. Não há verde. Não na proporção que deveria. Ruas, casas, calçadas, comércio, enfim, a absorção de água pelo solo é praticamente nula. Ruas viram rios, triste realidade inclusive de uma cidade que foi conhecida como "São Paulo da garoa" garoa esta que praticamente inexiste na cidade, ou é muito rara devido às alterações climáticas, poluição, desmatamento, etc. O próprio ser humano levou a tudo isso, será que tem solução? Fica a pergunta em tom de indignação e é visível a despreocupação de quem de direito para resolver tal calamidade!



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Legalização da maconha para fins recreativos nos EUA

               Os Estados Unidos da América é formado por uma união de 50 estados, destes 21 já legalizaram o uso da maconha para fins medicinais, há pouco foi reportagem do Jornal da Globo que o Colorado, é o primeiro estado em que houve a liberação para fins recreativos. Além da maconha, há produtos contendo o THC nas lojas especializadas, como refrigerantes e chocolates, por exemplo.

- Somente maiores de 21 anos podem adquirir
- Proibido dirigir sob os efeitos
- Proibido doar ou comprar com a finalidade de entrega a menores de 21 anos
- Moradores do Colorado é liberado até 28 gramas
- Consumidores de outros estados até 7 gramas
- Proibido o uso em locais públicos (punido com detenção quem não obedecer)
- Aquisição feita em embalagem lacrada, sem transparência nenhuma (idêntica àquelas que recebemos talões de cheques ou cartões de crédito pelos Correios

               Embora as leis federais sejam contrárias, o Presidente Obama declarou que os estados têm autonomia para legislar e aprovar tais leis. Em rápida análise, fica a iniciativa, onde se acaba com o tráfico ilegal da droga e esta acaba por passar em testes de controle de qualidade, chegando um produto totalmente legalizado e sem misturas ao consumidor final.

               Praia Grande, 21 de janeiro de 2014.
Dalton Brasil, brasileiro, divorciado, contador

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PSDB x PT


Cresci num ambiente extremamente politizado, meu pai que havia sido policial civil e deixou a carreira para ser portuário, após ter passado em concurso para Conferente de Carga e Descarga do Porto de Santos. Viveu dentro de uma categoria que lutou muito pela manutenção dos direitos dos trabalhadores avulsos, desde seus colegas conferentes até os demais: consertadores, estivadores, vigias de bordo, etc.
Pelo Decreto 89312/84, em seu artigo 5º, esclarece que avulso é “quem presta serviços a diversas empresas, pertencendo ou não a sindicato, inclusive o estivador, conferente ou semelhado”
Eu era criança, mas lembro de sairmos nas ruas do município que morávamos unidos e bradando: “Diretas Já”. Não entendia do que se tratava, hoje sei, que mesmo incapaz de ter noção na época, posso dizer que participei delas. Voto Direto se tornou uma realidade, essa era também uma época de conquistas dos portuários, conquistas que, infelizmente, foram praticamente por água abaixo no sancionamento da lei 8630/1993, por Itamar Franco.
Nesse clima de más notícias, tendências políticas foram por mim sendo adquiridas, vivi os anos 90, minha adolescência e início da maioridade começando a acreditar naquele PSDB com suas lideranças: Covas, FHC e Serra, eu já votava e procurava argumentar com pessoas próximas sobre política. Ainda mais o fato de Covas ser de Santos, cidade que nasci, estava o clima de segurança para os portuários. Empolgação com a filosofia da Social Democracia era visível. Claro, a decepção com PSDB foi inevitável.
Sendo destino ou não, em 1997 ingressei no vestibular do Mackenzie, para o curso de Economia. Ali estava a Rua Dona Maria Antônia, um espaço com menos de 500m de extensão, que ficou conhecida em 1968 como dividindo dois mundos, duas ideologias. Revoluções mundiais se resumiam naquele espaço. Sim, de um lado a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, do outro o Instituto Presbiteriano Mackenzie. Dois gigantes da educação lutando sua Guerra Fria, ideológica, naquele microcosmo.  Mackenzie, que sabidamente, teve membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas).
Três anos que estive na famosa Maria Antonia, percebi que a direita ainda prevalecia no Mackenzie, porém a liberdade política, muito mais vigente, fez com que eu fizesse amigos dos mais diversos municípios da Grande São Paulo, interior e litoral, das mais diversas regiões de São Paulo, fosse Norte, Sul, Leste, Oeste e ainda Central. Alguns de famílias mais bem sucedidas das redondezas, como, por exemplo, Higienópolis e outros, de lugares mais precários. As tendências políticas se dividiam.
Leituras: Hobbes, Maquiavel, Voltaire, Keynes, Norberto Bobbio, Lakatos, Darcy Ribeiro, Viana Moog, Ludwig Von Mises, dentre outros. Até mesmo Gustavo Franco com o “Plano Real e seus Pressupostos”, palestras com Luis Nassif, dentre outros. Minha formação estava ficando cada vez mais sólida e certo de que, estava com convicções políticas bem embasadas.
Passei a ser sindicalizado, em meu primeiro emprego efetivado, estava sempre em contato com sindicalistas no ambiente de trabalho. Atraindo novos colegas a se filiarem. Simpatizei com o PT, uma vez que minha família foi atingida diretamente pela omissão do PSDB quando eleito e reeleitos nos anos 90 para o Governo Federal e Estadual. Funcionário do Banco Nossa Caixa em 2005, também me filiei a um sindicato de fortes lutas, Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Continuei buscando novos colegas a se unirem em nossas lutas. Vivi uma transição em que o Governo do Estado, sim o PSDB que entregou estatais à iniciativa privada, desta vez o fez, menos traumático, imaginei, sendo incorporada a antiga Caixa Econômica do Estado de São Paulo, pelo Banco do Brasil.
Mais uma vez, decepção tomou conta. Comissões que havia nas vendas feitas pelos funcionários da Nossa Caixa, da noite para o dia, retiradas por completo. Eu que cheguei há R$ 3.500,00 média mensal antes da incorporação, vi minha renda cair pela metade, fui diagnosticado com um quadro depressivo, licença de 20 dias, 15 pela empresa, 5 pelo INSS, para meu espanto, Indeferido na perícia do INSS. Piorei ainda mais no meu quadro.
Minha mãe, que se encontra com mal de Parkinson, e que maior parte da vida, trabalhou com alto padrão de costura, não conseguiu sua aposentadoria por invalidez. Hoje não consegue passar uma linha na agulha.
Meu pai, em 1998 conseguiu sua aposentadoria, em torno do teto INSS, hoje recebe algo em torno de um terço do que deveria.
Esse INSS que paga aposentadorias a trabalhadores rurais, amparo social a idosos, com dinheiro da minha contribuição, da sua, dos meus pais, de todos nós. E quando realmente estamos necessitando amparo, não se faz merecer. Não sou contra a aposentadoria a estes casos que não contribuíram, mas sim que isso seja colocado no montante do orçamento da União. Isso é despesa e não dinheiro contribuído.
Após alguns dias sem assistir aos telejornais, hoje na maioria deles, foram noticiados o emprego de José Dirceu no Hotel Saint Peter, contratado por R$ 20.000,00 mensais. Um esquema envolvendo laranjas, escritório de advocacia e pessoas do Panamá. A Siemens, que admitiu suspeita de pagar propina a agentes públicos do Brasil, não será processada pelo Governo do Estado, pois o Tribunal de Justiça rejeitou recurso da Procuradoria Geral do Estado, exigindo que o seja feito a todas as empresas que agiram como cartel. Trens com mais de 40 anos, seriam reformados por empresas, e que foi averiguado pelo Ministério Público, sairia mais barato se fosse feito a compra de novos modelos.
Até onde iremos? Políticas de desenvolvimento de transporte público, trens, ônibus, VLT, duplicações de rodovias, sempre barrados no emaranhado de leis, nas questões ambientais.
Aumento nos combustíveis, o brasileiro, passará a gastar, em média mais R$ 5,00 para encher o tanque a partir de hoje, estranhamente, em outra reportagem, são colocados em média, 12 mil novos veículos em circulação todos os dias. Claro que não haverá políticas para incremento das ferrovias, a sabotagem da malha férrea iniciada nos anos de JK para que a indústria automobilística viesse ao Brasil, parece não ter terminado.
Esse é o clima de insatisfação que nos rodeia, o não acreditar nos dirigentes, na política, nas batalhas: MDB x ARENA, PSDB X PT, EUA x URSS, USP x Mackenzie, vivo minha eterna Guerra da Maria Antônia sem ídolos, sem mais conseguir acreditar no futuro e que somente quem está na base da pirâmide é o lado fraco, oprimido, passando um novo momento de feudalismo, não o que está nos livros de história, mas o feudalismo corporativo vivido por nós neste exato momento.
Ilha Comprida, 04 de dezembro de 2013.
Dalton Brasil Campos de Abreu, brasileiro, divorciado, contador